segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Poluição do ar

A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve que conviver com o ar poluído e com todas os prejuízos advindos deste "progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do Mexico estão na lista das mais poluídas do mundo.
A poluição do ar é definida como sendo a degradação da qualidade do ar como resultado de atividades que direta ou indiretamente:

a- prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b- criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c- afetem desfavoravelmente a biota;
d- afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e- lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos em leis federais [Lei Federal no 6938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo decreto no 88 351/83]. 

A partir dessa conceituação do que é poluir e dos fatores expostos acima, que têm provocado a degradação da qualidade do ar e do ambiente como um todo, já existe uma preocupação por parte dos cientistas e estudiosos do assunto em equacionar o problema e propor soluções. Algo sério e urgente deve ser feito, pois a grande quantidade de partículas sólidas em suspensão e os gases tóxicos que têm sido lançados na atmosfera, a diminuição dos níveis de oxigênio da atmosfera e a contínua interferência do homem nos ciclos biogeoquímicos, caso não ocorra uma reversão, podem comprometer o futuro das populações animais e vegetais. Em muitos lugares a qualidade de vida da população já encontra-se seriamente comprometida.

Geração da poluição 

A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que  alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.

Poluição e sua fonte

Para facilitar o estudo do assunto, identificamos quatro tipos principais de poluição do ar, segundo as fontes poluidoras.

A. Poluição de origem natural: resultante de processos naturais como poeiras, nevoeiros marinhos, poeiras de origem extra terrestre, cinzas provenientes de queimadas de campos, gases vulcânicos, pólen vegetal, odores ligados à putrefação ou fermentação natural, entre outros.

B. Poluição relacionada aos transportes: resultante da ação de veículos automotores e aviões. Devido a combustão da gasolina, óleo diesel, álcool etc., os veículos automotores eliminam gases como o monóxido de carbono, óxido de enxofre, gases sulfurosos, produtos à base de chumbo, cloro, bromo e fósforo, além de diversos hidrocarbonetos não queimados. Variando de acordo com o tipo de motor, os aviões eliminam para a atmosfera: cobre, dióxido de carbono, monoaldeídos, benzeno etc.

C. Poluição pela combustão: resultante de fontes de aquecimento domésticos e de incinerações, cujos agentes poluentes são: dióxido de carbono, monóxido de carbono, aldeídos, hidrocarbonetos não queimados, compostos de enxofre. O anidrido sulfuroso, por exemplo, pode transformar-se em anidrido sulfúrico, e este, em ácido sulfúrico, que precipita juntamente com as águas das chuvas.

D. Poluição devida às indústrias: resultante dos resíduos de siderúrgicas, fábricas de cimento e de coque, indústrias químicas, usinas de gás e fundição de metais ferrosos. Entre esses resíduos encontram-se substâncias tóxicas e irritantes, poluentes fotoquímicos, poeiras etc. Além da poeira de natureza química, com grãos de tamanho dos mais diferentes, os principais poluentes industriais encontram-se no estado gasoso, sendo que os mais freqüentes são: dióxido de carbono, monóxido de carbono, óxido de nitrogênio, compostos fluorados, anidrido sulfuroso, fenóis e álcoois de odores desagradáveis.

Inversão térmica

Um fenômeno interessante na atmosfera é o da inversão térmica, ocasião na qual a ação dos poluentes do ar pode ser bastante agravada. A coisa funciona assim: normalmente, o ar próximo à superfície do solo está em constante movimento vertical, devido ao processo convectivo (correntes de convecção). A radiação solar aquece a superfície do solo e este, por sua vez, aquece o ar que o banha; este ar quente é menos denso que o ar frio, desse modo, o ar quente sobe (movimento vertical ascendente) e o ar frio, mais denso, desce (movimento vertical descendente). Este ar frio que toca a superfície do solo, recebendo calor dele, esquenta, fica menos denso, sobe, dando lugar a um novo movimento descendente de ar frio. E o ciclo se repete. O normal, portanto, é que se tenha ar quente numa camada próxima ao solo, ar frio numa camada logo acima desta e ar ainda mais frio em camadas mais altas porém, em constantes trocas por correntes de convecção. Esta situação normal do ar colabora com a dispersão da poluição local. Na inversão térmica, condições desfavoráveis podem, entretanto, provocar uma alteração na disposição das camadas na atmosfera. Geralmente no inverno, pode ocorrer um rápido resfriamento do solo ou um rápido aquecimento das camadas atmosféricas superiores. Quando isso ocorre, o ar quente ficando por cima da camada de ar frio, passa a funcionar como um bloqueio, não permitindo os movimentos verticais de convecção: o ar frio próximo ao solo não sobe porque é o mais denso e o ar quente que lhe está por cima não desce, porque é o menos denso. Acontecendo isso, as fumaças e os gases produzidos pelas chaminés e pelos veículos não se dispersam pelas correntes verticais. Os rolos de fumaça das chaminés assumem posição horizontal, ficando nas proximidades do solo. A cidade fica envolta numa “neblina” e conseqüentemente a concentração de substâncias tóxicas aumenta muito. 

Os poluentes

Os problemas do ar são as substâncias ou misturas de substâncias, em estado líquido, sólido ou gasoso, que direta ou indiretamente são dispersos na atmosfera, provocando alterações na sua composição. Os poluentes, pela dispersão que têm na atmosfera, podem ser agrupados em primários e secundários. Apenas para efeito de consulta, para trabalhos escolares de conscientização de seus perigos, vamos citá-los:
I - Poluentes primários: são aqueles emitidos diretamente de fontes identificáveis. Estão presentes na atmosfera na forma em que são emitidos. Podemos citar: poeiras, compostos de enxofre (dióxido de enxofre, mercaptanas, gás sulfídrico etc.), óxidos de carbono (monóxido e dióxido de carbono), compostos de nitrogênio, compostos orgânicos, compostos halogenados e compostos radioativos.
II - Poluentes secundários: são os produzidos no ar, pela reação entre dois ou mais poluentes. Exemplos: o dióxido de enxofre (SO2), proveniente das atividades industriais (combustão de óleos, operações de fusão, usinas de natureza tipicamente química) e dos veículos automotores, dá origem ao gás sulfúrico, pela ação do oxigênio natural do ar (catalisado pela energia solar) ou do ozônio (derivado do oxigênio natural por ocasião de descargas elétricas atmosféricas - raios). O SO3, por sua vez, reage com o vapor de água existente no ar formando uma neblina de ácido sulfúrico. Dos poluentes apresentados tem-se como os maiores causadores de efeitos sobre o ambiente e a saúde, o dióxido de carbono, o monóxido de carbono, o dióxido de enxofre, o óxido de nitrogênio e o chumbo. De modo geral, considerando-se apenas os aspectos das fontes industriais de poluição, todas as indústrias são potencialmente poluidoras.
Soluções e desafios
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança, na atmosfera, apenas vapor de água.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Meio ambiente - Lixo urbano é um dos maiores problemas do século

Enquanto cada brasileiro produz em média 920 gramas de lixo sólido por dia, a quantidade de lixo reciclável que é recuperada, seja na coleta seletiva seja por catadores, chega apenas a 2,8 kg por ano, por habitante. “É um volume baixo em relação ao que é produzido porque, na verdade, a coleta seletiva atinge um percentual só do volume produzido”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil, o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski. 

Os dados são do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos/2007, feito pelo Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), divulgado pelo Ministério das Cidades. 

Apesar do baixo índice de coleta seletiva, o secretário disse que a quantidade de lixo produzido pode ser considerada boa. “Só que nos países desenvolvidos, esses volumes tendem a diminuir, uma vez que já existe uma política de redução da produção de lixo, ou seja, tanto nos domicílios quanto na indústria, o que é levado para a coleta é um volume menor, porque há uma redução na produção e também há seleção prévia desse lixo, do que não vai para o aterro, mas para a reciclagem”. 

O diagnóstico do SNIS obteve informações de 247 municípios, que concentram quase 50% da população brasileira. Nessas cidades, 90% dos habitantes são atendidos pelo serviço de coleta de resíduos sólidos, lixo produzido em casa e na indústria que não é enviado para o esgoto. 

No entanto, a coleta seletiva formal, feita com caminhões adequados, está presente em 55,9% dos municípios pesquisados, enquanto catadores de lixo trabalham em 83% dos casos. Entre os principais materiais coletados estão papel e papelão (44,3%), plásticos (27,6%) e metais (15,3%). 

Atualmente, segundo o secretário, existem no Brasil mais de 700 mil catadores de lixo reciclável. Cerca de 53% dos catadores dos municípios pesquisados estão ligados a alguma cooperativa. Em 160 cidades, “foram destinados [pela secretaria] R$ 50 milhões para a construção de galpões de catadores, um programa que visa a organizar essa classe”, para dar condições de trabalho melhores nas cooperativas e associações, informou Tiscoski. 

Na opinião do secretário, são necessárias ações tanto para conscientizar a população sobre a importância da separação do lixo em casa quanto para instrumentalizar a coleta seletiva nos municípios. “De nada adianta ter uma seleção no domicílio se é tudo jogado dentro de um volume só, se não há tratamento; o transporte e a destinação têm de ser separados”, acrescentou. 

Números 

Os dados mais recentes sobre reciclagem são de 2007. A taxa de recuperação de papéis recicláveis evoluiu de 30,7%, em 1980, para mais de 50%; a reciclagem de plásticos pós-consumo é da ordem de 17,5%, sendo que na Grande São Paulo o índice é de 15,8% e, no Rio Grande do Sul, de 27,6%; a reciclagem de embalagens PET cresceu de 16,25%, em 1994, para mais de 42% em 2006; a reciclagem das embalagens de vidro cresceu de 42% para cerca de 50 entre 2001 e 2006; o Brasil é o líder de reciclagem de latinhas de alumínio, entre os países onde não é obrigatória por lei a reciclagem, tendo alcançado, em 2007, o índice de 92%; já o índice de reciclagem de latas de aço para bebidas evoluiu de 43% em 2001 para 75% em 2005 - este último é o dado mais confiável disponível.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Desmatamento

Desmatamento
  Desmatamento é o processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente causada pela atividade humana. a desflorestação é diretamente causado pela ação do homem sobre a natureza, principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção de solo para cultivos agrícolas e pela extração da indústria madeireira.
Uma conseqüência da desflorestação é o desaparecimento de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio ambiente em absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global.
Para tentar conter o avanço do aquecimento global diversos organismos internacionais propõem o reflorestamento.
O reflorestamento é, no melhor dos casos, um conjunto de árvores situadas segundo uma separação definida artificialmente, entre as quais surge uma vegetação herbácea ou arbustiva que não costuma parecer na floresta natural.

Desflorestamento na Amazônia
  Desflorestamento é uma das intervenções humanas que mais prejudica a sustentabilidade ambiental na Amazônia. Na região amazônica, a desflorestamento já removeu 17% da floresta original.
De acordo com Barreto et al. (2005), 47% do bioma Amazônia estava sob algum tipo de pressão humana em 2002, dos quais 19% representavam pressão consolidada (desflorestamento, centros urbanos e assentamentos rurais) e 28% pressão incipiente (medida pela incidência de focos de calor). Despesas com a gestão ambiental representaram apenas 0,3% (R$ 96 milhões) das despesas orçamentárias públicas dos Estados da Amazônia Legal em 2005.

Impactos Ambientais
  Os impactos ambientais causados pela desflorestação são diversos e dentre eles está um problema ambiental bastante preocupante que é a emissão de gases de efeito estufa e a principal causa dos impactos de atividades humanas no sistema de clima é o uso de combustíveis fósseis nos países desenvolvidos.
A interação entre a desflorestação e as mudanças climáticas pode levar as florestas tropicais a entrarem em um ciclo vicioso extremamente perigoso, em que, por um lado, a desflorestação representa uma fonte importante de emissões de gases de efeito estufa, e, por outro, as mudanças climáticas aumentam a vulnerabilidade das florestas tropicais aos incêndios florestais e à desflorestação, e aceleram a conversão de florestas em ecossistemas muito mais secos e mais pobres em espécies, resultando em enormes emissões ao longo do processo. Mas não são apenas o clima e a biodiversidade que são afetados pela desflorestação. Milhões de pessoas que vivem e dependem das florestas também são dramaticamente ameaçadas. 
A desflorestação é, portanto, um enorme problema, com sérios impactos sobre o clima, a biodiversidade e as pessoas. Ações urgentes são necessárias para combater esse mal. Para ajudar a prevenir as mudanças climáticas perigosas é absolutamente necessário que se estabeleçam medidas eficientes contra a desflorestação tropical. Isto será importante não apenas para o clima do planeta, mas também para a manutenção da biodiversidade e para o sustento e a segurança de milhões de pessoas que dependem destas florestas.